Destruindo para criar

por Márcia De Luca - www.ciyma.com.br – Artigo extraído da Revista Gol

 

MUDAR PODE PARECER DIFÍCIL, MAS É POSSÍVEL - E ÀS VEZES PRECISO - NA VIDA DE TODOS NÓS. A ENERGIA DESTRUIDORA DE SHIVA ABRE ESPAÇO PARA A RENOVAÇÃO

 

SHIVA É A TERCEIRA DIVINDADE da tríade do hinduísmo. lembrando: Brahma representa dentro de cada um de nós o arquétipo da energia que tem o poder de criar; Vishnu é o arquétipo da energia que mantém o que foi criado; e Shiva re­presenta o poder que temos de destruir o que está errado para ceder espaço ao novo e correto.

 

A mais antiga imagem venerada no mundo, Shiva é também conhecido como Nataraja, o deus da dança e da ioga, o dançarino cósmico, bem como o senhor das artes marciais e o protetor dos animais. Esse deus representa a coragem de lutar contra o que está obsoleto. Mais: encarna a mudança constante que é a própria essência do universo.

 

Toda criação será incinerada pelo calor abrasivo do fogo da renovação no mo­mento em que Shiva abrir seu terceiro olho, entre as sobrancelhas.

 

Em Shiva, essa é uma força masculina, ligada aos conceitos de poder e co­ragem. Seu equilíbrio está no encontro com sua consorte, Shakti, que representa o amor, a compaixão e a intuição - a energia feminina.

 

MUDANDO O MUNDO

 

Shiva aparece dentro de nós como a força que luta contra o ego, para deixarmos de lado o egoísmo e nos concentrarmos no que realmente importa: o bem comum. Exteriormente, a luta desse deus é contra a ignorância do mundo. É seu poder destruidor que nos torna capazes de desfazer o que é nefasto, gerando espaço para a criação do que desejarmos.

 

Acessando o poder imenso da trindade em nós mesmos nos tornamos ímãs que atraem para nossas vidas tudo aquilo que desejamos. É dessa forma que nos imbuímos da capacidade de criar nossa própria realidade. Claro, quem quiser pode escolher o papel de vítima. Mas é no mínimo estranho quando temos a opção de encarnar um deus. Entendeu por que digo e repito que cada um de nós pode mu­dar o mundo? Somos deuses! E a violência lá fora não é nada mais do que o reflexo dos pensamentos, sentimentos e emoções que nutrimos dentro de nosso coração. Quando nos tornamos Shiva e assumimos nosso poder de destruir o que está errado, aí sim transcendemos em direção ao novo e correto. Só um de nós não faz lá grande diferença - mas, juntos, temos a força para criar um mundo melhor. Vem!

P.S: Como os opostos se unem para gerar o equilíbrio, em nosso próximo vôo vamos saber sobre o lado feminino de cada deus da poderosa tríade hin­duísta.

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