Como Coach Executiva e em minhas andanças nesta vida, me deparo frequentemente com pessoas que estão questionando suas carreiras e isto sempre me faz refletir sobre os motivos destes desencontros.

Antes, gostaria de explicar o que considero VOCAÇÃO. A vocação está intimamente ligada a saber o que você veio fazer nesta vida, de que forma você pode agregar para o meio em que vive, é descobrir a sensação de realização pessoal através do profissional (que será o foco destas minhas reflexões), é permitir desabrochar o seu DOM, é deixar fluir a energia de seu DOM através de você.

A vocação muitas vezes não está alinhada com brilhantes carreiras, pois, você pode ser um executivo de sucesso e ao mesmo tempo sentir-se frustrado internamente, mas sobre isso já falei no Informativo SeRH ANO 2 - n.º 014 de 17/05/2007 (disponível em nosso site no link de Informativos) e não vou me repetir.

Para mim quando existe este questionamento sobre a carreira posso considerar 2 vertentes mais fortes:

A primeira delas é que uma determinada pessoa segue sua vocação, mas não é bem remunerada por isso e se vê constantemente em conflito entre fazer o que gosta ou fazer o que remunera melhor. É impossível elencar todas as possibilidades, mas vou pegar as principais:

- Não ter sucesso pode estar ligado ao não permitir-se ter sucesso, e aí é necessário um trabalho interno para abandonar este bloqueio (através de processos terapêuticos e/ou de Soluções Sistêmicas, por exemplo);

- Não ter sucesso pode estar ligado a não conseguir enxergar sua vocação com profissionalismo. A pessoa pode estar se apoiando somente em seu dom e acredita que o mundo deveria abrir-se para ela, mas esquece que para crescer é necessário planejamento, trabalho, conhecer o mercado e os clientes, fazer contatos, aperfeiçoar-se constantemente, etc;

E agora como tenho pouco espaço neste Informativo quero abordar os que se consideram “perdidos”, que não conseguem visualizar em que são bons, qual a sua vocação. Para estas pessoas este bloqueio pode estar ligado a:

- Culpa inconsciente por seguir um caminho diferente de sua família;

- Falta de desenvolvimento de trabalhos internos que possibilitem ampliar sua autopercepção. Muitas vezes as pessoas são tão pragmáticas que acabam se desconectando do lado mais intuitivo que facilita esta descoberta. Este processo de descoberta pode ser auxiliado por um Coach de Carreira, por exemplo;

Com o aumento de tempo de vida, as pessoas vão cada vez mais se deparar com possibilidades de mudarem de profissão. Este processo de transição não e fácil, muitas vezes exige uma aceitação temporária ou não, por uma menor remuneração, mas tenho certeza de quem ouve a voz do coração tem mais chances de estar no caminho de maior plenitude e satisfação.

Para terminar de uma forma diferente, indico um filme para vocês assistirem: “O Som do Coração” com Robin Williams. Vale a pena!