Jovens Empreendedores
Revista Profissional & Negócios. Ano XII. Nº 124
Por Luiz Fernando Garcia

Há muito tempo o empreendedorismo e o interesse sobre empreendedores deixou de ser moda e passou a ser essencial a uma nação e suas economias regionais. Hoje, a personalidade empreendedora - um jeito de ser - que corresponde a 3,5 a 5% da população mundial, e a conduta empreendedora - pessoas que são orientadas para resultados com traços de iniciativa, risco e visão - representam nada menos que 81 % dos negócios geradores de empregos e do PIB de um país através das PEME (Pequenas e Médias Empresas).

Em 2000, o Ministério da Educação e Cultura encomendou um estudo sobre o tema no qual foram mapeadas mais de 370 teses e selecionadas 72 das mais importantes nesse assunto. O que mais chamou a atenção era que 70% dos pensadores usavam o termo "self made man" (aquele que se faz por si só), isso significa sem ajuda de ninguém, inclusive sem ajuda financeira.

Porém, até 20 anos atrás, era mais comum o aparecimento de jovens "self made man". Atualmente, o perfil de jovens empreendedores mudou muito. Através do estudo sobre o tema, identifiquei similaridades e diferenças destes novos jovens que resolvem empreender:

· Impulsividade e Ousadia: a impulsividade ainda se mantém através das características de iniciativa e tomada de riscos.

· Visão: a visão do jovem empreendedor de hoje é mais idealizada do que no passado. O excesso de informação, inovação e da existência de produtos reinventados e desenvolvidos pelo fortalecimento do capitalismo causam uma sensação da predominância da grande idéia, que não pode sobrepor a força de trabalho.

· Autonomia e Dependência: o jovem empreendedor de hoje, diferentemente do passado, começa novos negócios com a tutoria da família, geralmente do pai, que subsidia direta ou indiretamente a sobrevivência dos negócios no seu início até três anos de existência.

· Força de Trabalho: a busca pelo negócio na atualidade tem uma relação direta mais forte com o status a partir da classe média. É importante ressaltar que é comum trabalhar de 12 a 15 horas em um negócio, por até no mínimo 3 anos, porém o jovem de hoje parece não entender a importância da dedicação quase total em um negócio inicial.

· Qualificação e Estudo: sem dúvida, o estudo e a qualificação do jovem empreendedor são infinitamente superiores do que há três décadas, quando grande parte dos donos de negócio não possuíam o ensino médio completo.

· Apoio e Auxílio Técnico: o jovem hoje possui muitas formas de se qualificar através de institutos, treinamentos e entidades voltadas para os pequenos negócios. No passado, a preparação era predominantemente empírica.

· Flexibilidade: hoje, o jovem demora mais para aprender a flexibilizar seus negócios do que no passado, devido à segmentação de negócio.

 

...............................................................................................................................

imprimir | Download

...............................................................................................................................